RESENHA: A Espada do Verão - Magnus Chase e os Deuses de Asgard

Título: A Espada do Verão 

Autor: Rick Riordan

Páginas: 448

Editora: Intrínseca

Nota: 4/5

Sinopse: Às vezes é necessário morrer para começar uma nova vida...A vida de Magnus Chase nunca foi fácil. Desde a morte da mãe em um acidente misterioso, ele tem vivido nas ruas de Boston, lutando para sobreviver e ficar fora das vistas de policiais e assistentes sociais. Até que um dia ele reencontra tio Randolph - um homem que ele mal conhece e de quem a mãe o mandara manter distância. Randolph é perigoso, mas revela um segredo improvável: Magnus é filho de um deus nórdico.As lendas vikings são reais. Os deuses de Asgard estão se preparando para a guerra. Trolls, gigantes e outros monstros horripilantes estão se unindo para o Ragnarök, o Juízo Final. Para impedir o fim do mundo Magnus deve ir em uma importante jornada até encontrar uma poderosa arma perdida há mais de mil anos. A espada do verão é o primeiro livro de Magnus Chase e os deuses de Asgard, a nova trilogia de Rick Riordan, agora sobre mitologia nórdica.

Avaliação:

Rick Riordan é conhecido pela famosa série Percy Jackson E Os Olimpianos, que conquistou vários leitores pelo mundo, inclusive a mim, que sou uma grande fã do autor. Quando "A Espada do Verão" foi lançado, não pude me conter e resolvi adquirir o meu exemplar. Naquela época eu ainda não tinha um blog e por isso acabei lendo, mas não exprimindo minhas opiniões. Eis que resolvi realizar a releitura, já que acabei de comprar também o segundo volume. E posso adiantar que foi muito bom ter feito isso, pois minha percepção sobre os personagens e a história foi ainda melhor.

Magnus é um garoto de rua, que fugiu da casa do seu tio Randolph após ter perdido sua mãe. Vivendo em meio as ruas de Boston, as únicas companhias que ele tem é Blitzen e Hearth outros dois mendigos, além de por vezes precisar fugir da polícia e também das assistentes sociais. Um certo dia, ele acaba reencontrando o seu tio e mesmo que sua mãe o tenha alertado para manter uma certa distância, ele acaba revelando que Magnus é filho de um deus nórdico, além de estar correndo perigo.

Tentando se ver livre do tio, Magnus acaba aceitando ir até uma ponte mas logo que chega lá, uma espécie de força invisível o atrai, revelando ser nada mais do que uma espada linda e dourada, que cai direto em suas mãos. No mesmo momento, Surt um demônio do fogo surge em seu caminho, exigindo que a espada lhe seja entregue. Magnus até tenta lutar, recebendo ajuda de seus amigos sem teto, mas acaba caindo nas águas e morrendo, é isso mesmo que vocês leram, morrendo e também perdendo a espada.

"A questão do destino, Magnus, é a seguinte: mesmo que não possamos mudar o cenário, nossas escolhas podem alterar os detalhes".

Quando acorda, Magnus descobre que está em Valhala uma espécie de hotel para todos aqueles que tiveram mortes honrosas. Lá, os guerreiros lutam e simulam batalhas até a chegada do Ragnarök. Sem entender o motivo de estar naquele lugar, Magnus acaba sendo recepcionado por Samantha Al' Abbas - ou somente Sam -  uma valquiria que o levou para o hotel. Sam acredita que Magnus é um verdadeiro guerreiro e diz que ele tem propósito muito grande. 

As coisas se complicam, no entanto, quando Gunilla outra valquíria resolve expôr a morte dos últimos guerreiros recém chegados, incluindo a de Magnus. Isso tudo acarreta na aparição das Nornas, uma espécie de oráculo que lança uma profecia sobre a vida de Magnus, salientando que ele não foi escolhido na hora certa. Sam que o havia trazido para Valhala acaba sendo expulsa, mas antes suplica a Magnus que procure pela espada e tente deter o Surt. 

"Não se pode admirar uma coisa, se não for boa o bastante para ter um nome".

Indeciso sobre o que fazer, Magnus acaba resolvendo embarcar em uma aventura com seus amigos e buscar a perdida espada. Mal sabia ele, que o caminho seria muito mais perigoso, repleto de aventuras, envolvendo deuses nórdicos e também mitos antigos. Tudo isso para impedir que uma profecia se concretize, afim de evitar o fim dos tempos. 

Os personagens desse livro são muito bem construídos, Magnus é sarcástico e leva quase tudo na brincadeira, o que consegue irritar muitas pessoas, embora eu só tenha mesmo dado risadas. Sam é uma excelente guerreira, muito corajosa e acredita nos seus ideais, sem contar que mesmo tendo uma família islâmica, ela não deixa de ser forte e otimista. Já Blitzen é um anão com ótimo senso de moda, mostrou-se um amigo fiel, ao lado de Hearth que é mudo, mas se comunica incrivelmente bem através dos sinais e também com sua magia, que é bem surpreendente. 

O desenvolvimento do livro é repleto de aventuras e cenários exuberantes, que só Rick Riordan consegue criar. A forma como ele explorou a mitologia nórdica, foi bem divertida sem causar muitos estranhamentos, embora os nomes das dimensões sejam um pouco longos e difíceis de pronunciar, conseguir entender bem o funcionamento e a importante da árvore do mundo. O livro só pecou no desfecho, que prometia ser mais grandioso mas acabou sendo meio óbvio, mas ainda assim deixou um bom gancho para a próxima história.

"Só as pessoas que vivenciaram uma dor muito grande têm a capacidade de aprender magia".

A obra é um trabalho da Editora Intrínseca, responsável pela publicação dos livros do autor aqui no Brasil. A capa é muito linda e contém os elementos mencionados na história. A diagramação também está impecável, não encontrei erros ortográficos no meu exemplar, o que foi muito bom. Até o momento, acredito que este seja o primeiro volume de uma trilogia, sendo que o segundo livro intitulado "O Martelo de Thor" já está disponível para compra e em breve terá resenha também aqui no blog.